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A cada 4 minutos, uma mulher é vítima de agressão por homem no Brasil

A cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde, obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Apenas em 2018, foram mais de 145 mil registros de violência – física sexual, psicológica e de outros tipos – em que as vítimas sobreviveram.

O resultado não engloba os casos em que houve feminicídio. É importante mencionar, também, que existe subnotificação, aquelas situações em que as agredidas não denunciam a violência, o que significa que o número é ainda maior.

Foto: Yasmin Garrido

Entre 2014 e 2018, foram 1,4 milhões de casos registrados no país, tendo sido registrado aumento expressivo das ocorrências de violência física, psicológica e sexual, de acordo com a base de dados da pasta. A tendência de crescimento se manteve ano após ano.

Os casos de violência sexual, por exemplo, tiveram aumento de 53% no período. Nesse tipo de agressão, 7 em cada 10 vítimas são crianças e adolescentes (de até 19 anos). Já os estupro coletivos, cometidos por mais de um autor, tiveram 3.837 ocorrências apenas em 2018, uma média de 11 a cada dia.

Se a violência sexual atinge mais crianças e adolescentes, a agressão física tem como vítima preferencial mulheres de 20 a 39 anos (55% dos casos) e, em quase todos os casos, o agressor é uma pessoa próxima, como pai, padrasto, irmão, filho, ou, principalmente, ex ou atual marido ou namorado.

Os dados levantados por órgãos de saúde, como Sinan, tendem a ser mais confiáveis que os de sistemas de segurança, alimentado pelas polícias. Isso acontece porque é alto o índice de subnotificação de casos de violência doméstica e de violência sexual, já que há casos em que as vítimas temem denunciar seus agressores.

O Ministério da Justiça, que agrega informações policiais, chega a registrar o dobro de casos de estupro que o Ministério da Saúde em 2018, em razão de alguns estados enviarem à pasta pasta da saúde apenas os dados de atendimentos em hospitais públicos, enquanto outros incluem atendimentos na rede privada. As informações são da Agência Brasil.


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