Por: REDE IMPRENSA
Com o falecimento do Papa Francisco aos 88 anos, a Igreja Católica se prepara para o conclave, assembleia que definirá o próximo líder da maior denominação cristã do mundo. Entre os nomes cotados para suceder o pontífice argentino está o do cardeal brasileiro Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, cuja trajetória internacional e perfil pastoral o colocam entre os favoritos ao trono de São Pedro.

Quem é Dom Sérgio da Rocha?
Nascido em Dobrada (SP) em 21 de outubro de 1959, Dom Sérgio foi ordenado sacerdote em 1984, iniciando uma trajetória ascendente na hierarquia eclesiástica. Em 2001, foi nomeado bispo e, ao longo dos anos, assumiu importantes arquidioceses brasileiras, como Teresina (2008-2011), Brasília (2011-2020) e, desde 2020, Salvador, onde sucedeu o cardeal Dom Murilo Krieger à frente da Sé Primacial do Brasil – posição que reforça sua liderança na Igreja Católica nacional.
Trajetória internacional e proximidade com o Vaticano
Criado cardeal pelo Papa Francisco em 2016, Dom Sérgio recebeu o título da Basílica de Santa Cruz na Via Flaminia, em Roma, e hoje integra importantes órgãos da Santa Sé, como:
Congregação para os Bispos (responsável pela nomeação de bispos em todo o mundo);
Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos;
Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL).
Sua atuação em temas como evangelização, formação do clero e diálogo com a juventude demonstra um perfil conciliador e alinhado às diretrizes do pontificado de Francisco, o que pode ser decisivo em um cenário de busca por continuidade reformista.
O que favorece sua candidatura?
Além de sua experiência pastoral e administrativa, Dom Sérgio tem um perfil moderado, capaz de dialogar tanto com setores mais conservadores quanto com alas progressistas da Igreja. Sua atuação em organismos vaticanos também lhe garante relacionamento próximo com cardeais de outros países, fator crucial em uma eleição papal.
Se eleito, Dom Sérgio da Rocha seria o primeiro papa brasileiro e o segundo latino-americano na história, consolidando a crescente influência da Igreja no Hemisfério Sul.
Enquanto o Vaticano se prepara para o conclave, os olhos do mundo católico se voltam para nomes como o do arcebispo de Salvador, que pode fazer história como sucessor de São Pedro.