De acordo com dados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança, no ano de 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. A informação consta do novo boletim “Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver”, divulgado nesta quinta-feira (7/3).
Em comparação com outros estados da região Nordeste, a Bahia lidera em números de homicídios de morte de mulheres, com 199 casos confirmados. No geral, o estado registrou 84 casos de tentativas de feminicídio ou agressão física em 2023 e 29 tentativas de homicídio no ano.
O monitoramento da Rede de Observatórios permite que crimes que têm evidências mas não são tipificados pela polícia, como violência contra mulheres (lesão corporal, ameaças e outros), possam ser nomeados corretamente. Dessa forma, é possível reduzir a subnotificação comum a esses casos e produzir análises mais seguras sobre o que ocorre na realidade, complementando e enriquecendo os dados oficiais.
São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).
Para denunciar qualquer tipo de agressão relacionado à mulher, basta que a vítima ligue para o 190 ou procure um Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Loreta Valadares (CRAMLV), situado nos bairros, ou o Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher Arlette Magalhães (Cream).
Com informações da Agência Brasil