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Bahia tem 70 casos e 4 óbitos de síndrome associada à Covid-19 entre crianças e jovens

A Bahia já registrou 70 casos e quatro mortes entre crianças e jovens que desenvolveram uma síndrome inflamatória rara após terem sido infectados pelo novo coronavírus, de acordo com dados da Secretaria da Saúde (Sesab). Segundo boletim epidemiológico divulgado pela pasta neste sábado (17), os números se referem a registros feitos até o último dia 13.

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) pode se desenvolver em pessoas de 0 a 19 anos que tiveram Covid-19 previamente e que, inclusive, já estão curadas da doença. A SIM-P pode causar febre persistente acompanhada de sintomas gastrointestinais, dor abdominal, conjuntivite, exantema (rash cutâneo), erupções cutâneas, edema de extremidades, hipotensão, dentre outros sintomas.

Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com a médica infectologista, Clarissa Falcão, a síndrome pode afetar diversos órgãos da criança ou do adolescente como coração e cabeça, e por isso, é necessário reforçar as medidas de prevenção contra a doença. “A criança ou adolescente pega o coronavírus, algumas vezes tem sintomas bem leves, não sabe nem que teve e depois desenvolve essa síndrome que também pode acometer diversos órgãos. Pode levar a problemas de coração, arritmia, pode acometer o trato gástrico intestinal, pode dá dor de barriga, diarreia, náuseas e vômitos. Pode também afetar a cabeça levando a quadros de letargia, ou seja, a pessoa fica um pouco mais sonolenta”, afirma.

Conforme dados da Sesab, a primeira morte foi no registrada no dia 26 de agosto: um menino de nove anos que morava em Salvador. No dia 17 de setembro, morreu a segunda criança no estado pela síndrome, um menino de um ano que residia em Maracás, no centro-sul baiano. Dois meses depois, em 20 de novembro, o terceiro óbito foi registrado, o de uma menina de sete anos que vivia em Camacan, no sul da Bahia. Não há informações sobre os dados da quarta vítima.

Dos 70 casos confirmados até o momento, 39 (55,71%) ocorreram em pacientes do sexo masculino e 31 (44,29%) em pacientes do sexo feminino. Em relação a faixa etária, o intervalo de 5 a 9 anos foi o mais cometido representando 35,71%.

A secretaria ressalta que os dados relacionados à síndrome serão atualizados semanalmente de acordo com o monitoramento realizado pelo Ministério da Saúde.


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