A desinformação foi apontada como o principal risco global para 2025, superando ameaças como mudanças climáticas, degradação ambiental, migrações em massa, violência e terrorismo. O alerta foi feito por Tawfik Jelassi, diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da Unesco, durante visita ao Brasil na última semana.
Jelassi participou do Seminário Internacional Cetic.br 20 anos – Dados e Análises para um Futuro Digital Inclusivo, e afirmou que o mundo ainda está despreparado para lidar com o avanço das fake news.
“Os países não estão suficientemente preparados para enfrentar a desinformação. Estão vulneráveis ao impacto negativo dessa prática. Por isso, sim, a desinformação é o risco número um — hoje e nos próximos anos. Todos os países precisam agir”, declarou à Agência Brasil.
Segundo ele, é urgente que os governos regulamentem as redes sociais e promovam um pacto global contra a desinformação online. Apesar disso, Jelassi ressaltou que a responsabilidade central recai sobre as plataformas digitais, que devem tomar medidas concretas.
“As plataformas digitais são entidades globais, que não reconhecem fronteiras. Se os países não se unirem em ações conjuntas, não será possível combater a desinformação de forma eficaz”, completou.
O alerta da Unesco acende um sinal vermelho para governos, empresas e usuários, diante de um cenário digital cada vez mais propenso à manipulação de informações.
