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Em visita à capital baiana, Presidente do Benin quer fortalecer relação entre Bahia e África

As dores e sofrimentos da população africana escravizada na Bahia não podem ser apagadas da história. Apesar disso, o presidente do Benin, Patrice Talon, um dos países que teve uma maior presença de negros escravizados no estado, quer mudar o enredo de sofrimento e transformá-lo em potencial espaço para o aquecimento do turismo e economia.

Foto: Valter Pontes | Secom

“Vários dramas que aconteceram na história da humanidade e você não pode ficar apegado a sofrimentos e às dores do passado. Agora, você precisa olhar para frente, olhar para o futuro. Então, essas dores criaram um Brasil grande, forte e diversificado. Os povos africanos, cujos os povos ancestrais contribuíram para o desenvolvimento da história do Brasil, precisam ter consciência para ver que têm capacidade para construir uma coisa diferente agora”, iniciou Talon, em conversa com jornalistas, durante sua passagem a Casa que faz homenagem ao país, no Centro Histórico.

Para o mandatário, uma das formas de referenciar o legado dos ancestrais e dos irmãos africanos é potencializar as relações e transformá-las em fraternas.

“A melhor forma de você homenagear e saudar a história dos ancestrais que construíram o Brasil aqui é trabalhar e fazer esforços para construir um mundo melhor, um mundo de fraternidade, um mundo de desenvolvimento. E para isso a gente precisa se conhecer melhor. Os brasileiros precisam ir para o Benin, para conhecer o país, e os beninenses também precisam vir ao Brasil, para conhecer o país. Porque a natureza e a história fizeram com que sejamos o mesmo povo”, acrescentou.

Em coletiva de imprensa, Talon ainda brincou e questionou se algum baiano conhecia a nação que administrava.

“Não sei quantas pessoas aqui, se contar os dedos das mãos, quantas pessoas conhecem o Benin. Quantas conhecem o Benin aqui? Então a gente vai se esforçar para isso”, destacou.

Em visita à capital baiana, o chefe do Executivo do Benin foi condecorado com o título de cidadão soteropolitano e a Medalha Zumbi dos Palmares, concedidas pela Câmara Municipal da cidade (CMS) e anunciou a instalação de um voo direto de Salvador para o país africano.

Fonte: Gabriela Araújo | A Tarde

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