Redação REDE IMPRENSA | Marcos Castelli
Com o olhar sensível às necessidades e demandas de mães atípicas em Simões Filho, na RMS, e no intuito de promover a inclusão às pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) diante de inúmeras histórias de vidas comoventes e quer requer constante atenção do Poder Público, o presidente da Comissão de Saúde e líder do Governo na Câmara Municipal, vereador Eri Costa (PL), na tarde desta segunda-feira, 06/05, realizou no Plenário da Casa Legislativa o “1º Encontro de Mães Atípicas no Fórum: Compreendendo o TEA e fortalecendo o desenvolvimento dos filhos”.
Por iniciativa do vereador Eri Costa, o encontro foi marcado por uma ampla roda de conversa e palestra, e contou com a presença do Chefe do Legislativo, vereador Del (União Brasil); do vereador Arnoldo Simões (Republicanos); do psicólogo Elicarlos Coutinho, da coordenadora do Núcleo de Atenção Terapêutico Social Pedagógico (Natesp), Gláucia e Ana Paula, técnica da Secretária de Saúde que representou a titular da pasta, além de diversas mães atípicas que relataram suas vivências.
Na ocasião, foram esclarecidas algumas questões importantes relacionadas ao processo educacional, pedagógico e de atendimento médico das crianças, e compartilhadas informações de extrema valia para o avanço dos serviços.
Segundo Ana Paula, hoje o município de Simões Filho atende 384 crianças no Natesp, sendo que o Centro de Referência do Estado atende 220. “Era pra atender bem mais, então, o município atende muito mais do que o Estado e com recursos próprios, esse recurso não vem de fora, não vem do Governo Estadual, não vem do Governo Federal, é do município. A Prefeitura custeia todo tratamento que os filhos de vocês têm”, disse.
O parlamentar Eri Costa falou da importância das mães passarem a mensagem para outras mães que não tiveram no evento. “O grande equívoco de nós brasileiros é dizer assim: não gosto de política, tem política no meio! Quem não gosta de política é governado por quem gosta! Se a gente tem hoje um Centro de Referência em construção é uma luta nossa, inclusive, uma indicação minha, foi política e como disse Ana Paula do Centro de Referência do Estado que é pequenininho, a gente como município está com capacidade de atender mais do que o próprio Estado, porque há uma luta por vocês, por nós vereadores, e a gente faz o nosso trabalho”, enfatizou.
O presidente da Câmara, vereador Del, parabenizou seu colega, Eri Costa pela sensibilidade com a causa e se colocou à disposição. “Quero dizer que a gente sente muito e que nossa obrigação como vereador é se aproximar, ouvir e para agir é preciso ouvir, e pode ter certeza que eu me coloco à disposição e vou discutir com Eri e com os vereadores; aprimorar essas ações, o Centro de Referência está sendo construído e vamos se organizar e contribuir sem nenhum interesse, apesar que tudo passa pela política, o trabalho de ouvir, debater, discutir e eu acredito e tenho esperança que vamos avançar sem promessas absurdas”, pontuou.
O diálogo e a troca de experiências entre às mães atípicas, gera uma proveitosa colaboração e cria um senso de comunidade e apoio mútuo, fortalecendo os laços e promovendo o bem-estar emocional das guerreiras. Apesar dos desafios, elas demonstraram uma grande força que é peculiar às mulheres. Como foi a exposição da mãe do pequeno Jorge Pietro Bomfim dos Santos, de 4 anos, que profetizou que seu filho será doutor.
De acordo com a mamãe, diversas outras mães não estiveram no Encontro porque estão doentes emocionalmente. Ela defendeu a necessidade do tratamento psicológico para às mães atípicas. “Hoje eu consigo falar do meu filho com orgulho, meu filho tem 4 anos, é imperativo, mas é o amor da minha vida e transformou a minha vida. Hoje eu consigo enxergar que o meu filho pode ser o que ele quiser, porque ele tem uma mãe que acima de tudo quer o melhor pra ele”, afirmou.
A iniciativa do vereador Eri Costa se traduz numa relevante política pública, isso porque, essas rodas de conversas são essenciais para empoderar as mães e promover uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. O momento permitiu que às mamães se sentissem ouvidas e envolvidas no processo de inclusão e na busca de uma melhor qualidade de vida.
Durante o encontro, o vereador Eri Costa informou que por meio da sua iniciativa, uma parceria com a psicóloga Margarete será formalizada, e uma sala no Centro da cidade será aberta nos próximos dias para dar suporte e atendimento psicológico às mães atípicas.
No encontro, o psicólogo Elicarlos Coutinho abordou o conceito e outras diversas informações como esteritipias que são sinais comuns de autismo. Porém, elas podem ser incompreendidas por quem desconhece como o paciente de TEA se expressa. O fenômeno, que também ocorre em pessoas com outros transtornos e em neurotípicos, se manifesta com ações repetitivas.