Redação REDE IMPRENSA
O presidente da Câmara de Simões Filho, vereador Eri Costa (MDB), solicitou ao Poder Executivo Municipal, através da Indicação de nº 137/2022, a implantação do Centro de Referência ao Atendimento Infanto-juvenil (CRAI), que tem o objetivo de “garantir assistência para as crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual ou testemunha de violência”.
De acordo com o legislador, “uma das principais características do CRAI é o primeiro contato entre instituições responsáveis pela apuração dos fatos e proteção das vítimas”. A proposição faz alusão ao ‘Maio Laranja’, campanha nacional que destaca o 18 de maio – Dia de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
“Quero dizer que nós estamos na semana de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e esta Indicação traz uma alusão importante sobre fatos que infelizmente, ainda existem no mundo. A gente sabe que é estarrecedor o que acontece muitas vezes no ambiente familiar em relação ao abuso sexual, e neste sentido, venho trazer uma Indicação que se crie, a implantação de um Centro de Referência ao Atendimento Infanto-juvenil (CRAI)”, pontuou Eri Costa, durante Sessão Ordinária, no Plenário da Casa Legislativa, na manhã desta terça-feira (17).
Ainda de acordo com o parlamentar, para a implantação do CRAI é necessário ter equipes compostas por: coordenador psicológico, assistente social, médico pediatra, médico ginecologista, técnico administrativo, médico psiquiatra, técnico em perícia e agente policial.
“O abuso sexual é um dos tipos de maus tratos mais frequentes, apresentando implicações médicas e psicossociais que devem ser estudadas e entendidas por profissionais. No Brasil, uma em cada três crianças; é vítima desta violência e a maioria dos algozes têm algum grau de parentesco. Durante a pandemia do Coronavírus essa realidade ficou mais escancarada. Considerando esses dados e entendendo a extrema necessidade de oferecer suporte as vítimas, indico que seja criado um Centro de Referência ao Atendimento Infanto-juvenil”, argumentou o vereador Eri Costa.
Para ele, “talvez o tema passe desapercebido, mas é uma gravidade tão grande e profunda a violência, sobretudo, com crianças e adolescentes que não têm como se defender”. “As vezes, pessoas tão próximas da família, as vezes um pai, um padrasto, um parente e o pós-trauma, a gente precisa fazer a nossa parte. Eu me emociono com essas atitudes e não sei qual sentimento sou tomado ao me deparar com uma pessoa que pratique tamanha monstruosidade”, finalizou.
