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Estudantes de Simões Filho participam de caminhada contra assédio sexual

Estudantes das redes Federal e Estadual de Simões Filho, do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon (CERMC), Colégio Alberto Silva (CAS) e outras escolas, se reuniram em caminhada pelas ruas do centro da cidade contra a intolerância, dando ênfase aos casos decorrentes do assédio que ocorrem dentro das unidades escolares. A ação aconteceu na manhã desta quarta-feira (16).

Com diversos cartazes em mãos que informavam sobre uma das vulnerabilidades que necessitam ser extintas nas escolas, alertas como “Assédio não é brincar” e “Seu psiu não é elogio”, foram vistos na caminhada que apesar da chuva não desanimaram os estudantes.

Com concentração em frente ao Colégio Reitor, os discentes em protesto ordeiro caminharam até o Ministério Público (MP), em frente à Praça Noêmia Meirelles Ramos. “Um movimento de estudantes e apartidário”, diz o comunicado.

No início deste mês, após denúncia de alunas, a Secretaria de Educação do estado investiga casos de assédio sexual contra um professor do Colégio Reitor Miguel Calmon que não teve o nome divulgado.

De acordo com a denúncia veiculada pela imprensa baiana, o profissional estaria assediando alunas “diariamente”. Algumas mães chegaram inclusive a procurar a 22° Delegacia de Polícia de Simões Filho e prestaram queixa do professor.

Em Nota, a Secretaria de Educação, confirmou que “instaurou processos para apurar a conduta do professor do Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon”, mas não forneceu mais detalhes da denúncia. Segundo alunos da Unidade Escolar, o professor não foi afastado. “Um absurdo”, declarou um dos estudantes.

Após a caminhada, os estudantes organizaram rodas de conversação e a pauta de discussão permitiu que os mesmo relatassem sobre casos vivenciados dentro das instituições de ensino. Alguns pais participaram do movimento.

 O que é que pode ser considerado assédio sexual?

Existem diferentes definições legais para assédio sexual em diferentes países e jurisdições, mas a formas mais comuns de assédio sexual incluem:

Contar piadas com carácter obsceno e sexual;

Mostrar ou partilhar imagens ou desenhos explicitamente sexuais

Cartas, notas, emails, chamadas telefônicas ou mensagens de natureza sexual;

Avaliar pessoas pelos seus atributos físicos;

Comentários sexuais sobre a forma de vestir ou de parecer. Assobiar ou fazer sons inapropriados;

Fazer sons de natureza sexual ou gestos;

Ameaças diretas ou indiretas com o objectivo de ter relações sexuais;

Convidar alguém repetidamente para ter sexo ou para sair;

Olhar de forma ofensiva;

Tocar, abraçar, beijar, cutucar ou encostar em alguém;

Seguir, controlar alguém;

Tocar alguém para outros verem;

Ataque sexual, molestar e violação, etc.


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