A dívida consolidada do governo da Bahia registrou um aumento expressivo de R$ 4,5 bilhões em apenas um ano. Sob a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), o montante saltou de R$ 30,7 bilhões em 2023 para R$ 35,2 bilhões em 2024, o que representa um crescimento de 14,6%. A informação foi revelada pelo colunista Rodrigo Daniel Silva, do portal CORREIO 24h, com base no relatório de gestão fiscal da Secretaria da Fazenda (Sefaz), ao qual a coluna teve acesso.

A perspectiva é de que a dívida continue crescendo nos próximos anos, impulsionada pelos empréstimos contratados pelo governo. Nos dois primeiros anos do mandato de Jerônimo Rodrigues, foram realizadas 15 operações de crédito que, juntas, somam R$ 13 bilhões.

O endividamento não é o único dado preocupante sobre as finanças do estado. Segundo levantamento da Secretaria da Fazenda, a Bahia registrou uma queda de quase 40% nos recursos em caixa entre 2022, último ano da gestão de Rui Costa (PT), e 2024, segundo ano do governo de Jerônimo Rodrigues.
Em 2022, quando Rui Costa deixou o comando do estado, havia R$ 9,32 bilhões nos cofres estaduais. No fim de 2024, o saldo caiu para R$ 5,72 bilhões, consolidando uma redução também em relação a 2023, quando os recursos em caixa somavam R$ 6,62 bilhões.
Os dados reforçam os desafios financeiros enfrentados pela gestão estadual e levantam questionamentos sobre a sustentabilidade fiscal do estado diante do crescimento acelerado da dívida e da redução da disponibilidade de recursos em caixa.