Os incêndios que atingem a costa de Valparaíso, no centro do Chile, já deixaram mais de 120 mortos. O presidente Gabriel Boric definiu os incêndios como uma “tragédia de grande magnitude”. O governo decretou estado de emergência e dois dias de luto nacional.
Centenas de pessoas continuam desaparecidas, o que faz prever um aumento no número de mortos, à medida que os corpos são encontrados nas encostas e nas habitações devastadas pelas chamas.
O fogo, que aumentou na sexta-feira (2), ameaça os arredores de Viña del Mar e Valparaíso, duas cidades turísticas muito procuradas.
As autoridades chilenas decretaram toque de recolher nas áreas afetadas e enviaram 1.300 militares para ajudar os cerca de 1.400 bombeiros a conter as chamas. Aviões despejam água para tentar apagar o incêndio.
Apesar dos incêndios florestais não serem raros durante o verão no hemisfério sul, o que atinge o país nesse momento já é a pior catástrofe nacional do Chile desde o terremoto de 2010, em que morreram cerca de 500 pessoas.