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Inversão de valores: Eri Costa repudia holofotes a mendigo que se envolveu com mulher com surto psicótico

Há três semanas o Brasil discute o caso, que aconteceu em Planaltina, no Distrito Federal que viralizou. Uma mulher casada, diagnosticada com um quadro de surto psicótico, traiu o marido e fez sexo com um “mendigo” – homem em situação de rua dentro do carro. E, cada vez que o mendigo fala no assunto, a mulher envolvida é mais exposta.

Na manhã desta terça-feira (29), durante Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Simões Filho, cidade situada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o presidente do Legislativo Municipal, Eri Costa (MDB), relembrou do caso e durante a “palavra franqueada”, demonstrou a sua indignação diante da “exposição negativa” vivenciada pela vítima. De acordo com ele, algumas mulheres, homens, partidos políticos, e até mesmo veículos de comunicação tem dado repercussão ao fato, de uma forma que os holofotes expõe a mulher que se encontra internada, após ter sido diagnosticada em estado psicótico.

Para o parlamentar, “o assunto foi polêmico no mundo inteiro, mas, infelizmente a gente vive num país de inversão de valores”“Nós estamos findando o mês da Mulher e estou aqui para repudiar. Ele é mendigo, mas não é maluco, e se é mendigo tem as razões. O homem chega numa mulher que tem histórico psiquiátrico, até ele ter um envolvimento com aquela mulher naquele momento é um grau de erro e após o ato e ter conhecimento do estado de vulnerabilidade daquela mulher, no mês da Mulher, inclusive, o homem chega nas redes pra descrever como foi o ato, mais um erro do mendigo, da imprensa e a gente ver nas redes sociais, mulheres apoiando o mendigo”, criticou o presidente da Câmara.

Ainda de acordo com o legislador, “ele chama a mulher de vítima porque ela está internada com problemas psiquiátricos e tem histórico desde 2017. “A gente ver partidos políticos convidando o mendigo para ser deputado federal, que inversão de valores”, disse o vereador.

O  mendigo, identificado pelo prenome Givaldo, de 48 anos,  tem sido visto como uma “subcelebridade”, e para o chefe do Legislativo Municipal, o marido da vítima que merecia os ‘holofotes”, isso porque, mesmo sabendo de tudo o que aconteceu e com a dor que estar sentindo, não abandonou a mulher dele. “É esse cara (personal trainer) que as vezes precisa de ter um holofotes”, defendeu.

“E vocês mulheres, sei que não são todas, é uma minoria que defende, faz chacota, faz gozação e piada e isso qualquer um de nós estamos sujeitos a surtar e ela surtou e a gente tem que dá um basta nisso. Chega de inversão de valores. Eu gostaria de encerrar a minha fala dizendo: a luta das mulheres vai continuar e estas coisas têm que ser banidas do nosso país”, concluiu o presidente da Câmara, Eri Costa.

 


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