Vanessa de Souza Camargo, de 24 anos, estava em uma clínica, na manhã de terça-feira (20), para realizar um teste de DNA do filho recém-nascido. Além do pequeno, que era carregado no colo, a jovem estava na companhia do seu advogado, Henrique Bueno Paquete, que lhe prestava auxílio jurídico. Ela e o profissional foram mortos a tiros. O duplo homicídio aconteceu na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná.
O suspeito de disparar contra as vítimas é o ex-companheiro de Vanessa, um soldado-aluno da Polícia Militar, identificado como Luan Lucas Cardoso. A polícia afirma que ele não aceitava o fim do relacionamento e que questionava a paternidade do bebê. Logo após atirar contra Vanessa e Henrique, Luan cometeu suicídio com a mesma arma usada no crime.
O soldado-aluno da PM teria disparado contra as vítimas após discutir com a ex. Ele queria tocar na criança, colocar meias no bebê, mas a mãe não permitiu a aproximação. Após ser atingida, a jovem caiu com o filho ainda no colo. O recém-nascido ficou ferido devido à queda e foi socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Luan Lucas cometeu o duplo homicídio e tirou a própria vida com a arma da corporação. Ele teve um relacionamento de 1 ano com a jovem e estava em processo de divórcio. Vanessa já havia realizado um boletim de ocorrência em 2022 contra o pai do filho após ser ameaçada por ele. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Araucária.
A Polícia Militar do Paraná disse, por meio de nota, que “neste momento, o objetivo da corporação é dar o amparo às famílias envolvidas na tragédia, e colaborar de todas as maneiras com as investigações a respeito do fato”.
A Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR) também se manifestou por meio de um comunicado e decretou luto de 3 dias. “A OAB Paraná manifesta seu mais profundo pesar e se solidariza com os pais e demais familiares das vítimas, e também com amigos e colegas de profissão.”