Nesta segunda-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias em homenagem ao Papa Francisco, reconhecendo o profundo impacto do líder religioso argentino Jorge Mario Bergoglio no mundo. Em nota, o governo brasileiro destacou o legado do pontífice, celebrando sua vida dedicada ao “amor, tolerância e solidariedade”.

Lula ressaltou que Francisco, inspirado por São Francisco de Assis, buscou “levar o amor onde existia o ódio, e a união, onde havia discórdia”. O presidente elogiou a atuação do Papa em pautas sociais e ambientais, lembrando que ele introduziu no Vaticano discussões urgentes sobre a crise climática e criticou sistemas econômicos que perpetuam desigualdades.
“Ele sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, afirmou Lula.
O comunicado também relembrou os três encontros entre o presidente brasileiro e o Papa Francisco, todos realizados no Vaticano — em 2020, 2023 e 2024. Nessas ocasiões, os líderes discutiram temas como paz global, justiça social, preservação ambiental e combate à fome. Em 2023, Lula chegou a convidar Francisco para visitar o Brasil durante o Círio de Nazaré.
Além disso, o texto destacou a participação histórica do Papa na Cúpula do G7 em 2024, quando ele alertou sobre os riscos da inteligência artificial e das armas autônomas letais, reforçando seu compromisso com a ética e a defesa da vida.
Com a decretação do luto oficial, o Brasil se une a outras nações em um momento de reflexão sobre o legado de um dos líderes religiosos mais influentes da história recente, cuja mensagem de acolhimento e justiça ecoará por gerações.