Como preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP 27), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, em entrevista coletiva de imprensa nesta quarta (2/11), que as mudanças climáticas têm impactos diretos na saúde de várias maneiras. Ele destaca o aumento do risco da circulação de novos patógenos com potencial para causar novas epidemias e até mesmo pandemias.
“Em todo o mundo, as mudanças climáticas estão alimentando surtos de cólera e dengue e aumentando os riscos de novos patógenos emergentes com potencial epidêmico e pandêmico”, explica.
De acordo com o líder da OMS, as mudanças climáticas já impactam a saúde de várias maneiras, por meio de eventos climáticos mais frequentes e extremos, surtos de doenças e problemas de saúde mental.
Além disso, a poluição do ar, as enchentes e secas vividas em diversos países prejudicam a agricultura e a oferta de alimentos, além de exacerbar doenças e a desnutrição, com um efeito agravante à saúde das populações.
“As pessoas doentes têm maior probabilidade de ficarem desnutridas, e as pessoas desnutridas têm maior probabilidade de adoecer e morrer. A crise climática é uma crise de saúde”, pontua Ghebreyesus. “Atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais trará enormes benefícios para a saúde humana. Não cumpri-la, por outro lado, oferece ‘grandes riscos’”, frisa.