Neste domingo de Páscoa (20), o Papa Francisco fez uma aparição pública na varanda da Basílica de São Pedro para abençoar milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano. Apesar de ainda estar em recuperação de uma pneumonia dupla, o pontífice demonstrou força ao dirigir-se à multidão, embora tenha delegado a celebração da Missa de Páscoa ao Cardeal Angelo Comastri, arcipreste emérito da basílica.
Desde que retornou ao Vaticano em 23 de março, após 38 dias de internação, Francisco tem mantido uma agenda reduzida, evitando eventos mais desgastantes. Ele não participou dos rituais da Sexta-Feira Santa e do Sábado Santo, mas sua presença no Domingo de Páscoa já era aguardada, conforme o programa litúrgico divulgado pela Santa Sé.
Antes da missa, o Papa teve um breve encontro no Hotel Santa Marta com o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, que estava em Roma com a família para as celebrações pascais. O Vaticano descreveu o encontro como uma troca de saudações, mas a reunião também pode indicar uma tentativa de reaproximação entre a Santa Sé e a administração do ex-presidente Donald Trump, após anos de críticas do Papa às políticas migratórias americanas.
Em sua mensagem de Páscoa, Francisco destacou a situação dramática em Gaza, classificando-a como “deplorável”, e pediu ao Hamas a libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro. O pontífice também condenou o crescimento do antissemitismo no mundo e expressou solidariedade aos sofrimentos tanto do povo israelense quanto do palestino, reforçando seu apelo por paz e diálogo.
Apesar das limitações impostas por sua saúde, o Papa manteve sua voz ativa nos temas globais, demonstrando resiliência e compromisso com sua missão pastoral. Seu aparecimento neste Domingo de Páscoa foi um símbolo de esperança para os católicos ao redor do mundo, enquanto o Vaticano continua a acompanhar sua recuperação e a articular sua agenda diplomática em meio aos desafios internacionais.
