O pastor Edimar da Silva Brito foi condenado a 32 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Marcilene Oliveira Sampaio e Ana Cristina Santos Sampaio, ocorrido em 2016, na região de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.
De acordo com as investigações, o crime foi motivado por disputa religiosa. Marcilene e seu esposo haviam deixado a igreja onde Edimar congregava e fundado um novo templo na mesma região, levando consigo diversos fiéis. Esse fato teria despertado a ira do pastor, que arquitetou o assassinato das vítimas.

O crime ocorreu na rodovia que liga Conquista à cidade de Barra do Choça. Na data do ocorrido, Edimar contou com a ajuda de dois cúmplices: Adriano Silva, já sentenciado, e Fábio de Jesus, que ainda aguarda julgamento. O trio seguiu o carro das vítimas até que, em determinado momento, o marido de Marcilene parou o veículo para ajustar a capota que estava desencaixada. Foi então que os criminosos fizeram a abordagem.
Durante a ação, o marido de Marcilene foi brutalmente espancado e jogado para fora do carro em movimento, conseguindo sobreviver ao ataque. As duas mulheres foram levadas a um local ermo, onde foram obrigadas a se deitar no chão. Segundo o Ministério Público da Bahia (MPBA), Adriano desferiu vários golpes com um bloco de concreto nas cabeças e rostos das vítimas, provocando lesões fatais.

A condenação foi determinada após julgamento realizado no último dia 11 de março, sob presidência da juíza Ivana Pinto Luz. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça José Junseira. Edimar, que estava em prisão preventiva, cumprirá sua pena inicialmente em regime fechado.