As fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, deixaram mais de 100 mortos. Até as 15h15 desta quinta-feira, 17, 108 óbitos foram confirmados por autoridades do estado. Pelo menos 140 pessoas seguem desaparecidas, de acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores, sendo que há pelo menos oito crianças. Até o momento, apenas 33 corpos foram identificados.
Enquanto isso, cerca de 500 bombeiros continuam buscando por vítimas na cidade, que está devastada. Além das vidas perdidas, dezenas de casas foram arrastadas ou derrubadas em deslizamentos e enchentes.
Por volta das 13h30, uma chuva rápida voltou a atingir a cidade, mas o tempo logo reabriu. Também nesta tarde, um novo deslizamento provocou a evacuação do bairro 24 de Maio. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, é muito alta a possibilidade de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis.
Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas cheias nas ruas.
Mais de 300 pessoas tiveram que deixar suas casas e estão acolhidas em abrigos ou casas de parentes e amigos. Segundo a Polícia Civil, foram feitos 134 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos foram encontrados.
Outros desastres já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.
