A decisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se afastar temporariamente do cargo de deputado federal foi recebida com pesar pela cúpula nacional do Partido Liberal. O parlamentar anunciou que permanecerá nos Estados Unidos por tempo indeterminado, intensificando a comoção dentro da legenda.
“É com tristeza que recebemos a notícia de que Eduardo Bolsonaro vai se licenciar temporariamente do cargo para o qual foi legitimamente eleito”, declarou o perfil oficial do PL em uma publicação nas redes sociais.
O partido também ressaltou o respeito e admiração que tem pelo deputado, destacando sua trajetória e compromisso com pautas conservadoras.
O comunicado da sigla reafirmou sua confiança nas instituições democráticas: “O Partido Liberal segue a postos, acreditando na força política do nosso país e nas instituições dos Três Poderes para atravessar esse momento difícil que estamos vivenciando”.
Bolsonaro se emociona ao falar sobre o filho
O ex-presidente Jair Bolsonaro se emocionou ao comentar a saída temporária do filho. Durante conversa com jornalistas no Senado, ele destacou a importância da luta política de Eduardo e citou o ex-presidente americano Donald Trump.
“Para que o mal vença, basta que os bons se omitam. Hoje está sendo um dia marcante para mim. […] No momento, ele [Trump] continuará abraçando o meu filho”, afirmou Bolsonaro, visivelmente comovido.
Eduardo Bolsonaro justificou sua decisão alegando que precisa se dedicar integralmente a buscar “devidas sanções aos violadores de direitos humanos” e trabalhar para “resgatar liberdades perdidas” no Brasil. O parlamentar, contudo, enfrenta desafios jurídicos e a possibilidade de ter seu passaporte apreendido.
Em entrevista à CNN, Eduardo revelou que considera pedir asilo político nos Estados Unidos, aumentando as especulações sobre o futuro de sua carreira política e sua permanência no exterior.
O afastamento do deputado e sua possível busca por proteção internacional geram repercussão no cenário político nacional, acirrando debates sobre liberdade política e possíveis perseguições a opositores do governo atual.
