Ministros do Palácio do Planalto atribuíram responsabilidades ao chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, e ao ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), pelo recente escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com a coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, integrantes do alto escalão do governo avaliam que Carvalho falhou ao não comunicar diretamente o núcleo central do governo sobre as suspeitas de irregularidades. Em vez disso, limitou-se a informar apenas a direção do INSS, o que foi mal recebido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
“O papel da Polícia Federal é apurar o crime. O da Controladoria é impedir o crime. São naturezas diferentes. A CGU tem o dever de prevenir os problemas, apontar falhas nos procedimentos”, afirmou Rui Costa, evidenciando o descontentamento com a condução da CGU no caso.
Já em relação a Carlos Lupi, a avaliação interna é de que o pedetista demonstrou falta de capacidade para gerenciar a crise que atingiu a Previdência. Além disso, foi malvista a defesa pública feita por Lupi em favor do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, apontado como um dos nomes envolvidos no escândalo.
Nos bastidores, a leitura é de que a postura dos dois ex-dirigentes contribuiu para o agravamento da situação e para o desgaste da imagem do governo, que tenta agora controlar os danos e fortalecer os mecanismos de fiscalização e prevenção.