O prefeito Diógenes Tolentino em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (04), ao radialista Roque Santos pela rádio Sucesso FM 93.1, além de fazer uma avaliação dos últimos oito meses à frente da Prefeitura de Simões Filho, destacou como uma das principais marcas da sua gestão o “equilíbrio da situação financeira” e a retirada do município do Cadastro Único de Convênios (Cauc), – SPC/Serasa dos órgãos públicos; que impedia de receber investimentos das esferas federal e estadual.
“Depois de muitos anos o município não podia fazer convênios. São poucos municípios da Bahia que estão fora do Cauc, mas nós conseguimos depois de muitos anos que não acontecia. Estamos fazendo um trabalho para Simões Filho receber investimentos que ao longo dos últimos anos não recebeu”, comemorou o prefeito.
De acordo com ele, o primeiro semestre de governo foi “extremamente difícil” e admitiu que tinha noção da gravidade que encontraria, mas salientou que “encontrou a Prefeitura “muito pior”. “Em dezembro paguei R$ 12 milhões de pagamento de salários que poderia ter feito investimentos para os bairros. Já pagamos este ano R$ 20 milhões de INSS e se fizermos um comparativo tivemos uma arrecadação menor que 2016”.
Apesar das dificuldades apontadas, ele salientou que chega ao nono mês de governo alcançando as metas. “O povo aguarda o avanço de melhorias diante do descaso de muitos anos, mas em seis meses conseguimos equacionar a questão financeira e estamos com a situação controlada e fazendo previsões”, disse.
Segundo o Gestor simõesfilhense, nos próximos dias investimentos na infraestrutura serão anunciados, na ordem de R$ 1,5 milhões que visam possibilitar um leque de obras que já estão orçadas. A expectativa é que diversos bairros, entre eles, o “Engenho Novo” receba melhorias na infraestrutura.
“Solicitei a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), diversas obras no município, após o centro da cidade receber melhorias na pavimentação no mês de junho e julho e iremos agora fazer intervenções em diversos localidades como Santa Rosa, Renatão, Cristo Rei, São Conrado, Fazenda Nova, entre outros e nos próximos dias estaremos anunciando as obras”, acrescentou.
Entre as intervenções, a requalificação de 4 praças públicas e a Via Universitária foram elencadas em entrevista.
Ainda de acordo com Dinha, após a redução de despesas, fato que chamou a atenção de existem “pessoas que estariam insatisfeitas por questões pessoais”, a prioridade agora é avançar com as intervenções nas comunidades e voltou a lamentar o atual cenário do município salientando que se encontra há muito tempo com os “espaços públicos abandonados, como o Estádio Edgard Santos, quadras poliesportivas, a rodoviária e outros equipamentos sucateados”.
“Sei das necessidades que tem em toda cidade e conheço Simões Filho como a palma da minha mão”, pontuou ao deixar claro que “está readequando o orçamento com as prioridades”.
Sobre a parceria com o Governo do Estado, Dinha disse que não está tendo o apoio e que o Estado não está contribuindo em nada com o município. Apesar das solicitações, ainda não conseguiu uma reunião com o Governador Rui Costa.
Transporte
Um projeto de Lei será encaminhado para a Câmara de Vereadores com o objetivo de reordenar o transporte urbano nos bairros de Simões Filho. De acordo com o prefeito, a previsão é que nos próximos quatros meses aconteça a licitação do transporte público.
Também ele anunciou que será feito a padronização e organização dos mototaxistas com a realização de cadastros para que os munícipes tenham mais segurança.
Saúde
Dinha esclareceu que existe toda uma burocracia, mas os contratos estão sendo assinados e os postos já vão receber medicamentos. Ele explicou ainda que o processo pra efetivar a compra de medicamentos passa por uma reserva de dotação orçamentária e que muitas das vezes não se consegue realizar em menos de dois meses o orçamento.
EDUCAÇÃO – Fardamento
Após anunciar investimentos em torno de R$ 10 milhões para reformas das escolas, em entrevista, o Chefe do Executivo garantiu a distribuição do fardamento escolar até a próxima quarta-feira (06).
Emprego
O alcaide destacou como ‘ponto negativo’ a questão do índice de Folha. “Realmente está alta e nós sabemos das necessidades dos munícipes para sustentar a família. Eu acredito que é uma situação extremamente difícil, mas temos que ter pé no chão. Estou acompanhando passo a passo e não tem como absorver todos na Prefeitura”, disse.
Parcerias estão sendo feitas, no sentido de ampliar a geração de emprego na cidade. O prefeito citou a empresa J. Macedo que em fase de ampliação deverá gerar 900 postos de emprego. “Não estamos exigindo nada extraoficial e somente que contrate o povo de Simões Filho”.
O Gestor Público agradeceu o apoio do deputado Paulo Azi e dos vereadores e pediu para o povo não se deixar envolver e que participem dos pormenores da administração.
Um dos fatos revelados por Dinha foi a questão de que uma empresa estaria pagando impostos em outra cidade. “Existe toda a documentação que comprova que a empresa é simõesfilhense e o município tem deixado de recolher quase R$ 3,5 milhões”. Uma audiência será realizada para tratar do imbróglio para que os impostos se transformem em investimentos para a cidade.