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Prefeito Dinha cobra do Estado e critica dificuldade de regulação de pacientes; investimentos são anunciados em torno de R$ 40 milhões

O prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino, na última quinta-feira (19), durante entrevista concedida ao apresentador e radialista, Raimundo Varela, no Programa Balanço Geral cobrou e manifestou sua indignação e revolta sobre o problema da regulação na saúde por parte do Estado ao citar as sérias dificuldades de transferência dos pacientes em estado grave, através da regulação.

Na oportunidade em que também anunciou investimentos, além de declarar que atualmente investe 27% do orçamento do município com a saúde, o Gestor Municipal admitiu não saber o porquê da falta de atenção por parte do Governo do Estado com a regulação, que por muitas das vezes, vêm tendo êxitos, através de influências e amizades com pessoas ligadas a hospitais de alta complexidade da capital baiana.

“A regulação não está acontecendo e infelizmente nós estamos sofrendo muito. Muitas das vezes conseguimos transferir, mas é através de amizades com pessoas amigas que têm influência em outros hospitais”, revelou.

“Isso é ‘empurroterapia’ para ver se consegue salvar o paciente”, acrescentou o radialista Varela ao demonstrar também sua indignação com o Estado.

Na maioria dos casos os pacientes têm que contar com a sorte para conseguir uma transferência através da regulação, já que o Hospital Municipal em Simões Filho, com uma estrutura de (média complexidade), não possui ainda de recursos tecnológicos avançados como uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para tratar dos pacientes em estado grave. As dificuldades na operacionalização e eficácia no que se refere ao atendimento às demandas que necessitam da Central Estadual de Regulação (CER), responsável por regular as internações de alta complexidade para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), são recorrentes e na maioria das vezes, familiares e amigos de pacientes em estado grave, apelam a influências políticas na tentativa de salvar o ente querido.

Em entrevista, Dinha também demonstrou sua indignação, ao relatar um caso de um paciente que após o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), ser acionado e a equipe constatar que o paciente teria sido vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguindo a norma técnica, a equipe jamais poderia deixa-lo no Hospital Municipal por não ter a estrutura necessária, e ao tentar transferir para uma Unidade de Saúde em Salvador, a equipe do SAMU ‘penou’ durante cerca de 10 horas pra conseguir a regulação.

“É uma dificuldade que estamos enfrentando, mas estamos trabalhando e vamos investir para uma melhor qualidade de vida do povo de Simões Filho”, salientou o prefeito que ainda lamentou que os pacientes que recebem atendimento na UPA-CIA e que necessitam da regulação sofrem as mesmas dificuldades para conseguir a transferência, uma responsabilidade do Estado.

Apesar das críticas ao Governo do Estado, o prefeito disse que vem trabalhando e projeta investimentos para dotar o Hospital Municipal de uma estrutura necessária que atenda os casos que necessitam de alta complexidade.

“Vamos comprar os equipamentos e estamos nos preparando para o município ter uma UTI. Já pedir um estudo técnico de viabilidade, condições de equipamento e principalmente a manutenção da UTI”, anunciou Dinha.

Próximos investimentos

O prefeito foi questionado pelo radialista de qual teria sido a mágica para equilibrar as contas da Prefeitura, após ter assumido o Governo Municipal e se deparar com a queda de receitas enfrentada pelos municípios brasileiros, além da dívida encontrada na Prefeitura.

“Quando assumimos nos deparamos com uma dívida em torno de R$ 300 milhões e um cenário extremamente difícil devido a previsão de uma crise financeira no país e isso nos remetia a sermos prudentes em nossas atitudes, mas principalmente a responsabilidade com o dinheiro público”, disse Dinha.

Ele pontuou como um dos sucessos para equilibrar as contas e ter conseguido no décimo mês de governo, um superávit de R$ 18 milhões, a “identificação das prioridades e aplicando o dinheiro de forma que pudesse fazer o provisionamento pra que tenha caixa não só para iniciar um projeto, mas pra dar continuidade e concluir os projetos”. “Isso nós estamos fazendo”, frisou.

Somente com a UPA-CIA, o Governo Municipal investe em torno de R$ 700 mil, sendo que R$ 300 mil é a contrapartida do Governo Federal. Segundo o prefeito, com as despesas com as 15 UBS existentes no município, as despesas chegam a cerca de R$ 1 milhão (UPA e UBS), sem contar com o Hospital Municipal que é administrado pela empresa APMI.

“Isso demonstra que saúde é prioridade inclusive agora junto ao Banco do Brasil estamos captando recursos, coisa que Simões Filho não podia fazer antes por que tinha o nome sujo e agora estar fora do Cadastro Único de Convênios (SPC das Prefeituras), e assim conseguimos no sexto mês, retirar o município do CAUC e isso possibilitou fazer agora uma transação bancária com o Banco do Brasil e vamos comprar um tomógrafo e a população não vai mais precisar sair 4h da manhã para fazer tomografia em Salvador e outros municípios”, anunciou mais uma vez o alcaide à respeito da compra do equipamento.

O prefeito concluiu dizendo que irá fazer investimentos em torno de R$ 40 milhões nos próximos meses: R$ 15 milhões na educação com a reforma das escolas, R$ 10 milhões para recuperação das ruas em diversos bairros, R$ 5 milhões na saúde com novas unidades e compras de equipamentos, R$ 3 milhões em programas sociais e R$ 3,5 milhões em programas voltados à melhoria habitacional para dar mais dignidade ao povo.


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