A cervejinha de lei nos finais de semana, no churrasco com a família ou naquela sexta-feira com os colegas do trabalho, vai ficar mais cara. Depois de três anos absorvendo a alta dos custos de fabricação, as cervejarias já avisaram ao governo federal que não têm mais como evitar o reajuste. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
A gota d´água foi o anúncio da readequação das alíquotas de ICMS dos estados nesta semana, que deve aumentar a tributação da bebida. Gigantes do setor, como Ambev e Heineken, já comunicaram aos estados que não irão conseguir mais segurar o preço para o consumidor.
Representados pelo Sindicerv, os fabricantes apresentaram um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrando que, desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção. O repasse aos preços foi, segundo a entidade, de 14%. O setor tem peso no cálculo da inflação medida pelo IPCA.
A entidade afirma que o aumento dos custos se deve à escassez de embalagens, alta nos preços de malte e lúpulo, insumos primordiais da cerveja, ambos importados em grande maioria. Mesmo assim, a expectativa é fechar este ano com um aumento de 4,5% na produção e consumo da bebida, atingindo o patamar de 16,5 bilhões de litros.