Rede Imprensa

Presidente da Vale e três diretores devem deixar empresa

O presidente da Vale, Fábio Scharvtsman, e outros três diretores devem deixar a empresa oficialmente nas próximas horas. A mudança, dada como inevitável desde o rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou mais de 300 mortos, ganhou ritmo ontem, quando integrantes da força-tarefa que investiga a tragédia pediram o afastamento de Scharvtsman e dos diretores executivos de ferrosos e carvão, Peter Poppinga, de planejamento, Lúcio Flávio Gallon Cavalli, e de operações do corredor sudeste, Silmar Magalhães Silva.

A Vale não confirmou a informação, publicada inicialmente pela coluna Radar, da Veja, mas o Broadcast apurou que um grupo importante entre os acionistas controladores já dava como certa a saída de Scharvtsman desde o acidente. O executivo, que foi recrutado no mercado, mas teve seu nome associado ao deputado Aécio Neves no episódio da delação premiada dos empresários Joesley Batista, estava sendo sustentado pela Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), maior acionista da Vale.

Marcelo Camargo / Agência Brasil

A pressão dos integrantes da força-tarefa foi motivada pela ação de executivos da empresa com empregados, o que estaria, segundo eles, atrapalhando as investigações. Além disso, a divulgação pela empresa do acordo para pagamento do auxílio emergencial para os atingidos como uma iniciativa da empresa causou forte desconforto. De acordo com o promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), André Sperling, a empresa pretendia pagar o auxílio apenas aos moradores das duas localidades mais atingidas – Parque da Cachoeira e de Córrego do Feijão -, mas foi obrigada a estender a indenização para todos os moradores de Brumadinho.


Curta e Compartilhe.

Deixe um Cometário


Leia Também