A reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro poderá acabar com o pagamento do abono salarial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A mudança se deve ao fato de que o piso salarial nessas unidades federativas está acima do salário mínimo, de R$ 998. A proposta da reforma prevê que o abono, hoje pago a quem tem carteira assinada e recebe até dois salários mínimos (R$ 1,9 mil), passará a ser creditado apenas a quem recebe até um salário mínimo.
O abono salarial é pago a trabalhadores de baixa renda e funciona como um 14º salário. Deputados do Sul e Sudeste preparam emendas com o objetivo de tentar evitar a mudança nos parâmetros e garantir o benefício para os estados.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2017, dos 46 milhões de trabalhadores formais do país, quase 24 milhões ganhavam até dois salários mínimos. Caso a proposta de Bolsonaro seja aprovada, apenas 2,6 milhões passam a ter direito ao benefício.