Ao todo, cerca de 1,4 milhão de pessoas já foram afetadas pelas enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira (7), foram confirmadas 90 mortes na tragédia que atinge a região. O número, no entanto, deve aumentar nos próximos dias, já que 131 permanecem desaparecidos e 4 óbitos estão em investigação.
Segundo a Defesa Civil do estado, 48.297 pessoas estão desabrigadas, ocupando alojamentos dos podres públicos, e outros 156.056 estão desalojados. Até o momento 336 dos 497 municípios gaúchos estão em estado de calamidade pública. Mais de 2 mil escolas estão com aulas suspensas na rede estadual, totalizando 273 mil estudantes afetados.
Hospitais de campanha foram montados pelo governo federal para auxiliar pessoas feridas e desabrigadas. No momento, os municípios de Estrela, Canoas e São Leopoldo foram contemplados pelas estruturas. A população enfrenta dificuldade também com serviços básicos: 451 mil pontos estão sem luz no estado e 649 mil pessoas estão sem abastecimento de água. Entre as rodovias estaduais, há 95 trechos com bloqueios totais ou parciais em 41 estradas. O aeroporto da capital também teve atividades suspensas por tempo indeterminado.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a previsão é que o Rio Guaíba, que corta Porto Alegre, permaneça até a próxima semana acima da cota de inundações, que é de 3 metros. O nível já atingiu mais de cinco metro, um recorde histórico. Há ainda previsão de chuva para as próximas 24 horas no estado.
Na noite de segunda-feira (6), o governo do Rio Grande do Sul alertou para o risco de enchentes em cidades localizadas às margens da Lagoa dos Patos, na região sul do estado. Isso porque água que invadiu Porto Alegre desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rápido ou de forma mais lenta.