O governador da Bahia, Rui Costa, confirmou nesta terça-feira (17) que o Palácio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia, será concedido à iniciativa privada. Até então, o petista vinha falando sobre o assunto apenas na condição de possibilidade. Mas nesta manhã, durante a inauguração de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) tipo III, no bairro de Jardim Armação, em Salvador, Rui disse que a decisão já está tomada.
Segundo o governador, a privatização do prédio histórico segue tendência vista em países europeus, nos quais edificações antigas têm se transformado em espaços para uso e atividade econômica. O grupo português Vila Galé já apresentou ao estado uma proposta para criar no local um hotel e empreendimentos nas áreas circunvizinhas. De acordo com o secretário estadual de Turismo, Fausto Franco, o projeto foi aceito pelo governo.
Em entrevista à imprensa, Rui alegou falta de recursos para manutenção do prédio e defendeu sua iniciativa, criticada por quem urbanistas e historiadores que não veem a concessão à iniciativa privada como a melhor forma para preservar o patrimônio.
“O município não tem recurso, o estado não tem recurso, a União não tem. Vamos deixar os prédios caírem e depois não tem mais nada, só o terreno? Isso não é racional”, criticou.
O petista disse, ainda, que a empresa que comprasse o prédio seria obrigada a manter parte do espaço aberto para visitação pública. Conforme o governador, na forma como é utilizado hoje, o espaço “não é visitado por ninguém”.
“[No edifício] Funciona uma repartição pública, ninguém entra ali para visitar, não tem acesso para a população. Para o povo, está fechado a décadas. Estamos fazendo ajustes no projeto para o Iphan”, defendeu, ao frisar que outros prédios públicos estaduais na mesma situação também devem ser privatizados.
