O Presidente da Câmara de Vereadores de Simões Filho, Genivaldo Lima (DEM), ao fazer uso da palavra franqueada na sessão ordinária desta terça-feira (26), soltou o verbo e rechaçou o posicionamento dos deputados federais que se manifestaram “favoráveis”, ao texto principal da PEC 282 (proposta de emenda constitucional), projeto de reforma política que prevê o fim das coligações para 2020, e não para 2018.
“Acho injusto e toda vez quem sobra é o vereador”, disse Lima ao fazer sua avaliação de que os deputados federais teriam tempo suficiente pra votar o fim das coligações em 2018. “Mais uma vez, os deputados federais fazem os vereadores de cobaias e encaminharam o fim das coligações para 2020, ou seja, estão preocupados com seus mandatos em 2018 e empurrou o fim das coligações para os vereadores assumirem este compromisso”, declarou o democrata.
A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (20 de setembro), o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais apenas a partir de 2020. O placar do Plenário foi de 348 votos a 87 e 4 abstenções.
Em entrevista a imprensa, o Chefe do Legislativo Municipal disse ainda que o “fim das coligações irá prejudicar principalmente os partidos pequenos e os vereadores de baixa votação; vão ter que “ralar” muito para chegar ao pleito e novamente chegar à Câmara de Vereadores”.
“Infelizmente é isso que os deputados federais fazem com os vereadores. Nós ajudamos, e depois nos pagam desta forma”, criticou Genivaldo.
Em seu discurso na Tribuna da Casa, o democrata deixou claro que não irá apoiar candidato de fora para deputado federal em 2018. Em entrevista a jornalistas, após o término da sessão, o Chefe do Legislativo Municipal disse ainda que caso o deputado federal Paulo Azi tenha votado favorável ao fim das coligações e “empurrado” para 2020, não irá apoiá-lo, nem mesmo com o aval do prefeito Diógenes Tolentino (PMDB).
Paulo Azi é um dos parlamentares da Câmara Federal que tem o nome destacado por vereadores da base do atual prefeito, como o deputado que mais vem contribuindo com emendas para o município.
Ao rechaçar a PEC 282, que inicialmente foi apresentada por Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) no Senado e que permite apenas a união de legendas com “afinidade ideológica”, o presidente fez duras críticas ao Congresso Federal.
“Agora eles não falam que estão tentando fazer quase R$ 4 bi para investir em suas campanhas milionárias, um dinheiro que poderia investir na educação e saúde”. “Acho que isso não deve fazer e também tem que ter respeito aos vereadores e ao povo brasileiro”, salientou.
O Chefe do Legislativo simõesfilhense finalizou dizendo que irá entrar com um ADIn (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar coibir o que ele avalia como “prejuízo que os vereadores irão ter em 2020”.
