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Simões Filho: Vereadores solicitam CAPS; “A nossa cidade não pode ficar sem prestar serviços desta natureza”

Na sessão plenária da Câmara de Simões Filho, na terça-feira (08), os vereadores, Eri Costa (DEM) e Dr. Alfredo Assis (Presidente da Comissão Permanente de Saúde – PP), fizeram uma reiteração antiga, sendo que agora a responsabilidade caiu para o prefeito Diógenes Tolentino (PMDB), a respeito da necessidade da implantação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), no município.

“A nossa cidade não pode ficar sem  prestar serviços desta natureza. Portanto essa indicação é uma reiteração e uma responsabilidade do prefeito e antes de encerrar o mandato, ele tem a obrigação de trazer para este município um CAPS”, declarou o demista ao fazer uso da Tribuna da Casa.

Vereador Eri Costa (DEM)

Os CAPS são instituições destinadas a acolher pacientes com transtornos mentais, estimulando a integração social e familiar e faz um papel muito importante que possibilita aos pacientes, autonomia; oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial. Um dos objetivos do Programa é possibilitar a organização de uma rede substitutiva ao hospitais psiquiátricos.

O vereador Eri chamou a atenção e pediu uma  atenção especial para os portadores com transtornos psiquiátricos que existem em Simões Filho. “A quantidade de pessoas com problemas psiquiátricos nesta cidade é imensa e talvez as pessoas não tem esse conhecimento”, disse.

O demista chegou a relatar que ao ver de perto o desespero de uma mãe que não sabia o que fazer, durante 30 dias levou uma garota para um CAPS em Salvador.

Eri chegou a criticar o antigo gestor público pela falta de uma estrutura de acolhimento para o segmento. “Apesar do antecessor ser médico não sei porque não teve essa sensibilidade, um problema tão latente que assola as pessoas  portadoras de deficiências e os casos psiquiátricos em nosso município”.

Segundo o vereador Alfredo Assis, enquanto esteve como secretário de Saúde, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD), através de um programa que contemplaria 9 cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), Simões Filho foi um dos municípios agraciados para receber o CAPS, categoria AD. Ainda de acordo com o pepista, o banco teria disponibilizado um investimento de cerca de R$ 1,3 milhões para implantação do CAPS.

Ao demonstrar não ter ciência de como a situação estaria sendo articulada pela atual gestão, Assis, chegou a fazer um apelo aos vereadores. “Vamos juntos cobrar do prefeito e a secretária de Saúde, Dra. Bethânia, a única contrapartida do município hoje que é o terreno para poder começar a construção do CAPS”.

Ele esclareceu ainda que no final do ano passado, um documento elucidou que o terreno onde seria construído o CAPS-Simões Filho, onde fica o antigo PAM-CIA, é do estado e o município ainda não tem a escritura pública daquele terreno, portanto, a situação inviabiliza a construção do equipamento naquele local.

A vereadora e primeira-dama, Kátia Oliveira, demonstrou interesse sobre a reiteração e foi buscar informações sobre uma emenda parlamentar no valor de R$ 500 mil que o deputado federal Paulo Azi teria disponibilizado para o município. A parlamentar disse que a emenda teria sido rejeitada.

Vereadora Kátia Oliveira

Segunda Kátia, o ex-prefeito rejeitou a emenda que poderia ter sido usada para a construção do CAPS. Em seu pronunciamento, a peemedebista, acrescentou que Azi “novamente colocou emendas para compra de equipamentos da saúde e construção de duas creches”.

SOBRE O CAPS AD

Segundo o Portal da Saúde, do Governo Federal, a categoria de CAPS AD, atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de setenta mil habitantes. De acordo com o IBGE, Simões Filho tem uma população aproximada de 140 mil habitantes.

Os CAPS possuem caráter aberto e comunitário, dotados de equipes multiprofissionais e transdisciplinares, realizando atendimento a usuários com transtornos mentais graves e persistentes, a pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais em geral sem excluir aqueles decorrentes do uso de crack álcool ou outras drogas.


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