Por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal deverá tomar providências para realizar o Censo demográfico. Publicada nesta quarta-feira (28), em resposta a um pedido do governo do Maranhão. Na Bahia, segundo o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15 milhões de domicílios serão visitados no Censo.
Realizada a cada dez anos, a pesquisa que deveria acontecer em 2020, foi adiada em razão da pandemia do novo coronavírus. Na semana passada, o governo confirmou que o Orçamento de 2021 não reservava recursos para o Censo, o que impediria sua realização neste ano.
“O Censo é uma pesquisa essencial para o país, e muito importante para o IBGE. Principalmente por ser a única pesquisa que alcança todos os municípios e domicílios do país. Fazer essa contagem da população é necessário porque essa contagem é a base utilizada para implementação e avaliação de políticas públicas, inclusive para determinar repasses que são fundamentais para os municípios”, explica a coordenadora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.
Mariana ainda explica que o Censo também ajuda na tomada de decisões para o setor privado e interfere no trabalho do próprio IBGE. “Os números do censo são fundamentais para embasar decisões de investimentos do setor privado e ainda ajudam o próprio IBGE a calibrar as amostras usadas em outras pesquisas, que são feitas por amostragem. É a partir do censo que a gente determina essas amostras”, detalha.
Segundo o IBGE, na Bahia o planejamento é contratar 14 mil pessoas para a realização da pesquisa. Desses, 12.200 serão recenseadores, que vão cobrir os cerca de 15 milhões de domicílios baianos. Os demais atuarão como agentes censitários, em cargos de supervisão.