Um “superpedido de impeachment” contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi protocolado por entidades, partidos políticos, parlamentares e ativistas de todos os campos ideológicos por todo o Brasil nesta quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados.
O documento, que tem 46 signatários e 271 páginas, reúne acusações presentes em 123 outros pedidos anteriormente apresentados à Casa, e atribui 23 crimes ao chefe do Executivo, tanto aqueles que teriam sido cometidos durante a pandemia de Covid-19, quanto os que ocorreram antes. Os delitos são classificados em sete tipos diferentes.
Para ganhar tração, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), precisa apreciar a matéria que, depois, passará por comissões até chegar ao plenário para votação. Em declarações anteriores, o parlamentar afirmou que não há “clima” para abertura de um processo de impedimento.
Em coletiva realizada em Brasília, falaram, lado a lado, os parlamentares Joyce Hasselmann (PSL), Alessandro Molon (PSB), Gleisi Hoffmann (PT), Kim Kataguiri (DEM), dentre outros. Dentre os signatários, estão de Marcelo Freixo (PSB) a Alexandre Frota (PSDB).
“A ação, feita a partir de elaboração da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), tem como signatários parlamentares de diferentes campos políticos, entidades representativas da sociedade e personalidades e apresenta todos os crimes cometidos por Bolsonaro desde o início do mandato”, resume o movimento.
Os partidos que formalizaram presença na frente contra o presidente, por ora, são PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT, UP, PCO e Rede. Apesar disso, políticos de outras legendas também são signatários do documento.
O grupo é composto, ainda por organizações como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Movimento Brasil Livre (MBL), a Federação Nacional de Estudantes de Direito (Fened), a Coalização Negra por Direitos, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), o Coletivo de Favelas, a Central de Movimentos Populares (CMP), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Coletivo de Advogados e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).