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Chuva e deslizamento de terra preocupam população em área de risco

De todas as ocorrências relacionadas às chuvas em Salvador e em todo o território baiano, o deslizamento de terra é aquele que mais preocupa as autoridades e, claro, a população atingida. Isso acontece porque o solo está encharcado, principalmente entre abril e julho, e envolve risco de morte.

“Aqui na Bahia os meses com maiores ocorrências de chuva vão de abril a julho. Do mesmo modo em Salvador e Região Metropolitana. Consequentemente, nesse período é quando acontecem os maiores riscos de deslizamentos em áreas de encostas e morros urbanos”, afirmou Diego Marinho, engenheiro sanitarista e ambiental.

Diego Marinho, engenheiro sanitarista e ambiental

Para o especialista, o problema consiste na moradia em região de encostas sem o devido preparo do solo e das construções.

“Cada vez mais surgem locais de crescimento desordenado, principalmente em encostas e morros urbanos. Já é insalubre viver nessas áreas, por assim dizer, devido à falta de saneamento básico. Além disso, com os riscos constantes de deslizamentos em períodos chuvosos, o mais correto é a implantação de planos de evacuação com sistemas de alarmes de segurança nessas áreas” disse.

Em muitas áreas de risco, por exemplo nas encostas, moram pessoas mais pobres que não possuem dinheiro para um projeto adequado de engenharia e apesar de alguns esforços pontuais dos governos, poucas medidas estruturais para lidar com as chuvas nas grandes cidades foram tomadas.

“A falta de infraestrutura e de obras de saneamento, como drenagem pluvial e gestão de resíduos, são pontos a serem observados. Em condições ideais, quando o sistema de drenagem pluvial associado à gestão de resíduos está em excelentes condições de funcionamento, não há arraste de sólidos e entupimentos nos períodos chuvosos. A água da chuva seguirá seu roteiro correto de escoamento. Além disso, tem o fator humano. É imprescindível que as pessoas não optem por áreas com alta declividade para fazer suas construções. Também é necessário que jamais construam sem conhecer o tipo do solo ou histórico da localidade.”, completou o engenheiro.

Por: Leonardo Costa

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