Entre janeiro e dezembro deste ano, Salvador registrou dez mortos em decorrência de complicações da leptospirose, doença transmitida pela urina do rato, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O número de pessoas mortas dobrou, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados cinco óbitos.
Por outro lado, houve redução no número de casos confirmados: em 2019, foram 35 ocorrências entre janeiro e dezembro, contra 43 no mesmo período do ano passado.
“A intervenção química é um paliativo. Os ratos vão morrer. Mas, se a população continuar acumulando entulhos, descartando lixos e alimentos de forma inadequada, outros ratos irão aparecer. É um trabalho que deve ser feito em conjunto. A população precisa se educar para que, juntos, possamos combater a proliferação dos roedores e da doença”, ressalta a chefe do setor de combate à leptospirose da prefeitura, Cristiane Yuki.
Ela reforça a necessidade de a população fazer a própria parte para garantir a redução da infestação dos roedores na cidade. Os cidadãos podem solicitar a visita das equipes do Programa de Controle da Leptospirose pelo Fala Salvador 156.
Ontem (11), a SMS, através do Centro de Controle de Zoonoses, iniciou um mutirão de prevenção e combate à leptospirose. Nesta quarta, as equipes realizaram visitas na extensão de praias da Barra até a Pituba. Já nesta quinta (12), as visitas ocorrem nas praias da Pituba até Stella Maris. O objetivo é alertar a população sobre os riscos da leptospirose, além de identificar e combater situações que propiciam a presença de roedores. A mobilização, que será finalizada no dia 23 de dezembro, contemplará toda orla soteropolitana.