Marcos Castelli | Rede Imprensa
Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, nesta quinta-feira, 09/07, registrou 1037 casos confirmados da Covid-19 e 38 óbitos, segundo dados da Prefeitura Municipal, através de informações da Secretaria Municipal da Saúde em parceria com a Vigilância Epidemiológica local, no entanto, desde o dia 26 de junho, o número de casos confirmados pelo boletim epidemiológico do Estado (Sesab), tende a ser maior do que o boletim do Município.
Após participar da reunião de prefeitos da RMS, a secretária municipal da Saúde de Simões Filho, Iridan Brasileiro, respondeu ao site “Rede Imprensa”, o motivo da divergência entre ambos os boletins diários divulgados.
“Ficamos três meses com o boletim epidemiológico do Estado, menor que do município, e logo após, tivemos uma reunião com a área técnica [diretoria epidemiológica do Estado], e ficou acordado que nós estaríamos estreitando o contato para que pudéssemos chegar a uma aproximação de dados, em relação ao que o município tem em real e o que o Estado apresentava, e a partir deste reunião, houve um acordo de que o Estado estaria enviando as informações para o município validar, antes de lançar, isso porque, têm informações que vêm de fora, e aquilo que é de dentro e notificado pelo município, a Vigilância local tem alcance imediato, mas aquilo que não é do município tem um tempo resposta tardio”, explicou.
Iridan Brasileiro esclareceu a divergência em relação aos dados, exemplificando que, “se o morador é de Simões Filho, mas é testado em outra cidade, quando é na iniciativa pública, o Estado toma conhecimento, informa ao município que valida o caso”. Todavia, de acordo com ela, “o Estado começou a lançar os dados sem a validação do Município e isso implicou em casos que podem não ser da cidade, duplicidade de casos, ou ainda, que foram lançados sem encerramento”.
“Só podemos informar o caso quando é real, ou seja, quando ele é notificado, investigado, monitorado e finalizado, isso porque, existem vários desfechos no decorrer da investigação”, disse a secretária Iridan para a reportagem.
Ela disse ainda que a “Vigilância Epidemiológica Municipal vai continuar trabalhando com a lógica dos dados registrados via notificação, com coleta de exames, investigação, monitoramento e encerramento do caso, porque só assim, há uma certeza e segurança de lançar a informação para a população”.
A gestora da Saúde revelou que a relação técnica com o departamento de Vigilância Epidemiológica do Estado é considerada boa e parceira na construção do processo, mas, vale lembrar que o Estado atende 417 municípios e a divergência nos números, não é uma particularidade de Simões Filho.
Barreiras Sanitárias
Sobre as barreiras sanitárias, Iridan disse que elas têm “o objetivo de fazer um diálogo com a população no sentido de sensibilizar e orientar as medidas de prevenção, além da entrega de máscaras, a verificação da temperatura, e programada para ocorrer de 8 às 17h”, sendo que esta semana com o decreto estadual do governo do Estado, o ‘Toque de Recolher’, em conjunto com o Município, as barreiras acontecem até às 16h30.
“Tenho visto a efetividade das medidas e ações e desde o decreto que pedimos o distanciamento social, em março, com medidas adotadas e acertadas, a gente percebe que o crescimento não ocorreu da forma que estava previsto segundo os estudiosos apontavam, isso é fruto do trabalho intenso dia e noite, envolvendo todos os profissionais de saúde, nosso prefeito Dinha e demais secretarias envolvidas no enfrentamento da Covid-19”, pontuou sua avaliação.
A cidade de Simões Filho possui 31 leitos clínicos exclusivos para Covid-19, sendo 5 no Hospital Municipal, 4 na UPA-CIA e 22 na Unidade de Enfrentamento, situada ao lado da UPA. Até a última quarta-feira (08), segundo a secretária da Saúde, 2600 atendimentos já foram realizados.
CONFIRA BOLETIM DO MUNICÍPIO | DIA 09/07: